domingo, 15 de maio de 2011

F.1 - Venâncio da Silva Porto *04/01/1874

F.1 - Venâncio da Silva Porto *04/01/1874 (04/01/1879 cfme. Cemitério Municipal) em Itajaí/SC,06/08/1937 (lv.6 –fls. 224) em Jaraguá do Sul/SC, casado em 21/08/1897 em Jaraguá do Sul (*1), com(1as. Núpcias) Emerenciana Nicoluzzi *04/04/1878 Jaraguá do Sul/SC + 22/08/1933 em Jaraguá do Sul/SC, Lavadeira, residente no Poço do Limoeiro, filha de João (Giovanni – segundo ES) Nicoluzzi e Maria Novello(Novela segundo ES). Casado em 2as. núpcias aos 02/06/1934 em Guaramim/SC, com Elvira Cordeiro *10/02/1917 em Luiz Alves, filha de Augusto de Souza Cordeiro e de Infancia Cordeiro, à época residente em Jaraguá do Sul/SC e atualmente residente em Curitiba/PR.

(*1) Livro de Registro Civil – Jaraguá do Sul/SC –
Casamentos - 1896/1947 – Livro número B-1, Página 12, número 18, de 21/08/1897 - Fonte PILOT SITE/FAMILY SEARCH)



N.1 – Maria de Lourdes Porto Silva * 29/10/1937 em ?, casada com ? em?
B.1 – Jacqueline Santos *? em ?

“Venâncio era proprietário (embora conste nos documentos como intruso no caminho, que agora forma o prolongamento da rua 4, Presidente Epitácio Pessoa, que extremava com terras de seu sogro Giovanni Nicoluzzi e Giovanni Bertoli Snr. Ali instalou seu cartório e Ofício Civil. Nas boas horas de folga, que deveriam ser muitas, trabalhava na arte de sapateiro. Seu aperfei¬çoamento na linguagem e escrita, deve-o ao sr. Carlos Fritz Vogel, do qual damos a biografia em outra página deste livro. Como registramos antes, o antecessor Joaquim Athanásio da Costa (Joaquim Dias) mantinha o seu cartório no caminho Itapocu-Hansa, na esquina do cami¬nho Três Rios do Norte, em direção do Salão "Alemanha". Agora as posições se mudam: mais ou menos na mesma altura do Cartório de Venâncio ficava na ribanceira do Itapocu, onde se encontrava o cartório junto do Orago de São Roque, erigido no imóvel do seu sogro Nicoluzzi. Mais tarde adquiriu a espaçosa casa construída no centro de Jaraguá por Georg Wolf Jr. onde continuou com o empreendimento comercial e numa sala mantinha o Cartório de Paz do Distrito de Jaraguá. Em 1912, Benjamin Stulzer comprava o enorme edifício, estilo enxaimel. O cartório passou à sua casa contígua, enquanto construía uma bela mansão, no ano de 1915, situada no prolongamento desta, com frente para a rua Presidente Epitácio Pessoa, reformada por Max Fiedler. Ai foi fundado o jornal (semanário) "O Correio do Povo" (Vide Obs. 1), ficando os serviços assim distribuídos: na sala do cartório funcionavam as máquinas impressoras, na sala da frente, ao lado desta, uma papelaria. O cartório passou para uma sala com portas para a rua, um pouco mais adiante, vizinha da casa do jardineiro português, Antonio Paiva Lopes, aquele que fora jardineiro de Domingos Rodrigues da Nova Júnior. O primeiro jornal de Jaraguá saiu a Io. de maio de 1919 de apresentação "O Correio do Povo". Artur Müller era o seu gerente. Fritz Vogel, intérprete juramentado, e Artur Müller, es-crevente juramentado, mais tarde faziam o jornal "Jaraguá Zeitung", e de pouca duração. Na vida cartorária, Venâncio sofreu em 1923, um terrível golpe financeiro de 52:000$ 000 réis e a perda temporariamente do cartório. Mas o Tribunal de Justiça o reconduziu "pro temore vitae suae". Entremente morria a esposa, caridosa dona Emerenciana. Nessa época, talvez devido ao anterior desfalque sofrido, Venâncio foi obrigado a vender suas propriedades e o cartório teve suas salas alugadas. Contraiu segundas núpcias em 02/06/1934 em Guaramirim/SC com Elvira Cordeiro com quem teve a única filh, Maria de Lourdes Porto Silva, nascida em 29/10/1937, tres meses e vinte e três dias após seu falecimento e hoje residente em Curitiba/PR (*), Venâncio acabou morrendo pobre e es¬quecido a 6 de agosto de 1937. O seu sucessor foi Artur Müller, passando o arquivo para o 2o. Cartório de Imóveis em 24 de maio de 1934 ao sr. Mário Tavares da Cunha Mello. O "Correio do Povo" continuou sob a direção do Honorato Tomelin, que o vendeu à Sociedade Reiner Wiit, e por último voltou às mãos de Artur Müller até o dia de sua morte, à 27 de abril de 1957, quando então assumiu a direção do jornal sr. Eugênio Vitor Schmõckel. Seu nome não foi esquecido. Orna a rua que (SIC-sai) da rua Expedicionário Gumercindo da Silva àquela de seu amigo Joaquim Francisco de Paulo, nela ostenta a importante indústria "Eletromotores Jaraguá S.A."

In. ES. Pág.s 151 e 152 – Venâncio da Silva Porto

(*) OBSERVAÇÃO DO AUTOR: Oficialmente Venâncio da Silva Porto, segundo o trabalho do historiador Emílio da Silva, não teria deixado descendentes, porém, por e-mail em 17/10/2010, apresentou-se ao autor do presente trabalho Jaqueline (neta de Venâncio da Silva Porto e filha de Maria de Lourdes Porto Silva). Segundo a mesma sua mãe – Maria de Lourdes Porto Silva *29/10/1937, teria nascido após o falecimento de Venâncio da Silva Porto, fruto de gravidez havida pouco antes de seu óbito. Esta informação trouxe uma descendência direta para o personagem em questão, o que é a grande novidade e que comprovada pelo atestado de óbito e pela certidão de seu segundo matrimonio, bem como pelas proximidades das datas tornam possível esta descendência.

(OBS. 1) “O Correio do Povo, um dos Semanários mais antigos do interior do Estado, foi CRIADO( grifo do autor do presente trabalho) por Venâncio da Silva Porto em 1919.” In: O LETRAMENTO ATRAVÉS DE UMA “BIBLIOTECA SEM PAREDES” - O CORREIO DO POVO -, JARAGUÁ DO SUL (SC) Gisela Eggert-Steindel. Profa. Departamento de Biblioteconomia e Documentação/Universidade do Estado de Santa Catarina – FAED/UDESC. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade de São Paulo - FEUSP.


Venâncio da Silva Porto e a Capela Santa Emília

"A primeiro de outubro de 1911, os padres Henrique Mel ler e Pedro Franken, devidamente autorizados pelo Senhor Bispo diocesano tomara posse da administração eclesiástica do distrito de Jaraguá, que brevemente será erigida em paróquia, sob o título de Santa Emília”.(Esta anotação consta da "Resenha Eclesiástica", órgão oficial da Diocese de Florianópolis, outubro de 1911, ano 1, n º 1, pág. 128).
Enquanto a comunidade evangélica já tinha sua paróquia, com templo, escola e pastor, os católicos não tinham ainda nem capela. Ao chegarem a Jaraguá os dois padres da Congregação se instalaram numa pensão. Celebravam a missa em casa particular. No mesmo ano alugaram duas casas vizinhas à pensão. Numa delas instalaram modesta biblioteca, duas camas e uma mesa simples com algumas cadeiras. A outra servia de cozinha, matriz e escola. Aos domingos tiravam-se os bancos escolares e realizavam-se as celebrações.
Foi com a ajuda do advogado e promotor em Joinville César Pereira de Souza, que a construção começou a se tornar possível. Ele integrou a comissão de construção da Igreja, fez contatos, inclusive com o Bispo. Sua mãe Emília Pereira de Souza foi a primeira doadora em dinheiro para a Igreja. Ela ainda providenciou a planta de construção, enviada de Paris, onde residia.
Constituída assim a comissão de construção, tendo representantes de todas as regiões da paróquia. São os seguintes: Dr. Francisco Tavares Sobrinho, Venâncio da Silva Porto, Angelo Rubini - Rio Cerro, Henrique Piazera - Rio Cerro, Franz Fischer - Alto Jaraguá, Geor Wolf – Garibaldi, Ernesto Rücker – Hansa, Luiz Silva - Estrada Itapocu, Seraphim José dos Santos – Bananal, João Doubrawa – Itapocuzinho.”

Fonte: http://www.matrizsaosebastiao.org.br/pt/paroquia/index.php Por interntet dia 17/10/2010 – 21:17hrs. – Grifo do Autor

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